sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um fim de semana da RL* (Parte 1 de 2)


Procurando artigos do NWN para traduzir, como de praxe, localizei uma indicação de leitura do Hamlet Au sobre uma postagem em um blog, que conta como foi o encontro, na vida real, entre um casal que se conhecia apenas pelo Second Life. Achei o caso interessante não apenas para os românticos de plantão, mas para aqueles interessados na complexa relação entre a vida real e a vida virtual...

Mas, para não me estender muito e manter um certo mistério, dividirei a presente postagem em suas partes.

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Então, eu percebi que já é hora de escrever sobre meu primeiro encontro da RL com meu marido do SL, Jeffry. Esse pode ser uma longa postagem, então sintam-se livres para pegar só o que for relevante. :)


Na terça-feira, 8 de abril, ele estava pronto para ir para o Aeroporto Internacional de Sacramento às 4 da tarde. Eu cheguei razoavelmente cedo, e nervosa pra caramba. Eu o reconheci imediatamente, e senti como se sempre nos conhecêssemos, ao invés de conhecê-lo a apenas um ano, via Internet. Nos abraçamos nervosamente, sem realmente saber o que fazer. E ele estava extremamente quieto; pressuponho que ele estava tão nervoso quanto eu. No primeiro dia, lhe mostrei o entorno da área onde eu vivia, o levei para o Walmart para comprar algumas coisas que não são permitidas no avião, apresentei-o para o In-n-Out Burger, e então saímos para um parque. Andamos pela rota de golf e de lançamento de bumerangues, conversamos, observamos o fluxo do riacho, e então sentamos em uma mesa do parque e conversamos um pouco mais. Depois disso, estava um pouco tarde, então o levei para seu hotel, e fui para casa dormir.

No segundo dia, acordamos cedo, fui checar seu quarto de hotel, já que ele me contou sobre o café da manhã que serviam ali. Um pouco depois, nós fomos para o shopping, ficamos algumas horas por ali, e ele comprou um extravagante boneco Walle (Walle foi o primeiro filme que assistimos juntos no SL). Ele pagou meu almoço, por mais que eu tenha implorado para ele não fazê-lo. Então, depois disso, voltamos para o hotel. Tive que me ausentar um pouco para pegar um familiar, e quando estava retornando, ele me contou que, mais cedo naquele dia, ficara com o meu blusão.

Enquanto andava para o quarto do hotel, ele me contou que o blusão estava no banheiro, então fui apanhá-lo e o levantei... para encontrar uma carta e um pacote com morangos banhados em chocolate. Sem parar para ler ou abrir qualquer coisa, eu corri dali, quase em lágrimas. E ele estava lá, quando contornava o banheiro, para me agarrar, e depois de me acalmar, ele voltou ao banheiro para ler a carta que escreveu para mim. Nós voltamos para o quarto, onde ele havia colocado um punhado de pétalas de rosas (falsas) e pequenas velas sobre a cama, enquanto eu estava no banheiro. Um clichê, eu sei, mas isso era tão "ele". Deitei na cama, a mente abalada pensando que ele fez, de verdade, pétalas falsas de rosas, e ele deitou na minha frente, me dizendo para pegar algo de seu bolso de trás. Eu acabei pegando, e soube do que se tratava assim que vi. Ele me pediu para casar com ele, e é claro que disse que sim. Mais tarde, nós ficamos no hotel por um tempo, e fui para casa dormir.





























(Continua...)

Sail Pennel.












Tradução: Pedrovsky Martynov / Pedro Mancini